O Rio Grande do Sul recebeu da Petrobras, na tarde desta terça-feira, a gerência dos projetos de desenvolvimento da Indústria Oceânica gaúcha. Esse gerenciamento se dará por meio do Fórum de Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval do Rio Grande do Sul, derivado das antigas unidades regionais do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), coordenado pelo Governo Federal.

Composto pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), pela Petrobras e pela Federação das Indústrias (Fiergs), o fórum tem como objetivo gerenciar ações que contribuam para a melhoria dessa cadeia produtiva no Estado. Iniciativas nesse sentido já vinham sendo executadas diretamente pela Petrobras, em âmbito federal, e pelo programa RS Indústria Oceânica, no Estado. “Com esse fórum, chegaremos a um nível de integração ainda mais elevado, o que certamente contribuirá positivamente para o crescimento desse setor tão importante para o Rio Grande do Sul”, avaliou o titular da SDPI, Mauro Knijnik. “Para a Petrobras, é muito importante a construção desse fórum, com o Estado assumindo o comando e a Petrobras apoiando”, afirmou por teleconferência o assessor da presidência da estatal Paulo Alonso.

No encontro, a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), que já coordena a execução de ações do RS Indústria Oceânica, apresentou os seis primeiros projetos a serem trabalhados:

·         Criação do Programa de Competitividade e Tecnologia para Indústria Oceânica e Naval

·         Análise de viabilidade técnica e econômica de um terminal de regaseificação no RS

·         Programa de formação de mão de obra no formato aluno-empresa nos níveis básico e superior

·         Desenvolvimento do mercado gaúcho de fornecedores de válvulas

·         Plano de Desenvolvimento do distrito industrial e do porto de Rio Grande

·         Potencial exploratório da Bacia de Pelotas

No primeiro eixo, por exemplo, serão focadas tecnologias de construção, montagem e edificação e engenharia de produto. “O objetivo é promover a competitividade na indústria naval gaúcha e elevá-la a níveis mundiais”, explica o vice-presidente da AGDI, Aloísio Nóbrega.

Além da autarquia, fazem parte do comitê executivo do fórum estadual o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Fiergs), os gerentes dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de vocação naval e as unidades da Petrobras no Estado, além do Sistema Financeiro Gaúcho, secretarias estaduais da Fazenda, da Infraestrutura e do Meio Ambiente e universidades. Membros desse comitê serão indicados para coordenar grupos de trabalho específicos.

Indústria Oceânica no Estado – Indústria Oceânica e Polo Naval constitui um dos 23 setores produtivos considerados estratégicos pela Política Industrial do Rio Grande do Sul. Para articular as ações, o Estado criou em 2011 o programa RS Indústria Oceânica, que reúne iniciativas para tornar o Rio Grande do Sul mais competitivo no cenário brasileiro e internacional de óleo e gás. Ainda que a atuação já se desse de maneira integrada ao Prominp, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e pela Petrobras, o fórum formalizado nesta terça-feira significa um reforço a esse trabalho, incorporando ao Estado a função de gerenciar projetos com a chancela da estatal.