É em Santa Vitória do Palmar que se ergue o Complexo Eólico Geribatu, maior sistema da América Latina no gênero e maior projeto financiado pelo BRDE, no Rio Grande do Sul, em seus 52 anos. Foram R$ 200 milhões financiados no BRDE no final do ano passado. Geribatu vai garantir 258 megawatts de energia renovável em uma região que hoje não possui fontes próprias de geração.  Além de levar segurança energética para o extremo sul do Estado, Geribatu vai impulsionar a ampliação da rede de transmissão local e o desenvolvimento regional.

O governador Tarso Genro, acompanhado de autoridades e do gerente de planejamento do BRDE, Alexander Leitzke, esteve nesta segunda-feira (5) no parque Geribatu, que junto com os parques Chuí e Hermenegildo passarão a formar o Complexo Eólico Campos Neutrais. O presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto, falou que a viabilidade do complexo só foi possível devido à parceria entre Governo do Estado, BRDE e BNDES. "É um exemplo de constituição política com 'P' maiúsculo. É só através da política que podemos construir o que estamos fazendo aqui",  referindo-se às relações políticas e institucionais que nortearam o projeto. Também participou do evento o assessor do BRDE, Sérgio Feltraco.

"Este polo eólico tem o mesmo significado para o sul do Estado que o pré-sal tem para todo o Brasil", disse o governador durante o ato que integrou a Interiorização de Governo no extremo sul do RS. Em uma área de 4.750 hectares, o Parque Eólico Geribatu está 30% construído e tem previsão de conclusão das obras para outubro deste ano. Na fase de implantação, estão sendo gerados cerca de 1.500 empregos diretos. Outros 500 postos formais de trabalho serão criados quando Geribatu entrar em operação.

Considerando ainda os 161 megawats de potência instalada dos sete parques eólicos que serão construídos no Chuí, o extremo sul brasileiro terá o maio complexo de geração eólica da América Latina, com um total de 573,7 megawatts.